ONDA DO TEMPO, ONDA DO MAR
De que céu caído,
oh insólito,
imóvel solitário na onda do tempo?
És a duração,
o tempo que
amadurece
num instante diáfano;
flecha no ar,
branco embelezado
e espaço já sem memória de flecha.
Dia feito de tempo e de vazio:
desabitas-me, apagas
o meu nome e o que sou,
enchendo-me de ti: luz, nada.
E flutuo, já sem mim, pura existência
"Dia" de Octavio Paz in "Liberdade sob palavra"
Tradução de Luis Piganalli
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