INOCÊNCIA
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Elisabeth Cavalcante
Quando ouvimos a palavra inocência, imediatamente nos vem à mente uma criança.
E, de fato, a infância é a época da vida em que esta condição, na qual todos nascemos, ainda permanece intocada.
No dicionário, inocência é definida como ingenuidade e ausência de culpa.
Se refletirmos sobre estes dois conceitos, veremos que eles são muito importantes para que possamos resgatar a inocência que fomos perdendo ao longo da vida.
Ingenuidade significa ser livre de malicias, artimanhas, estratégias, ou seja, colocar-se diante da vida de forma natural, autêntica, sem ter como base das atitudes o alcance de alguma meta, objetivo ou vantagem.
A ausência de culpa só é possível se nossas ações forem totalmente conscientes, e se entendermos que mesmo quando erramos, os erros podem ser uma importante fonte de aprendizado, e não apenas motivo de arrependimento e condenação.
Começar um novo dia sem metas grandiosas, visando unicamente recuperar nossa inocência, pode parecer à primeira vista um desejo banal demais.
Mas, ao contrário, relaxar nesse simples objetivo poderá nos levar aos mais elevados estágios de alegria que um ser humano pode atingir.
Abandonemos, pois, neste momento, todas as concepções filosóficas que nos levaram a querer alcançar uma condição de seres diferentes, especiais.
A grandiosidade reside acima de tudo na inocência e na simplicidade.
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