

CONTRASTE


Preciso me sentir contraste
Necessito dessa desordem em mim
Assim, sinto-me viva,
Branco, preto
...

Meu corpo incendeia no inverno
Meu ar vem dessa imperfeição
Da busca constante, nas dores sofridas

Minha criatividade aflora no choro
Palavras fluem... guerra, paz...
Essa harmonia estranha, me equilibra
Solidão, multidão...
Sinto o doce na boca no amargo da ausência

No descontentamento ressurjo revitalizada
Um mundo lindo... mau, lindo... cruel

Não quero viver apenas o possível
Nem sentir só o que tenha sentido
Quero mais... Muito mais...
Quero toda a sutileza das almas,

toda a grandeza dos corações
Alcançar o mundo inteiro saindo ou não do chão

Sou assim... Inacabada, completa, sem culpas
Ana Brunini

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